A Mulher no Mercado de Trabalho
Com
o advento da Revolução Industrial que de forma direta influenciou a necessidade
da normatização do Mercado de Trabalho, muitas mudanças aconteceram até que
chegássemos ao modelo dos dias atuais. O mercado de trabalho, assim como a
economia sempre foi considerado um mercado voltado homem, ou seja, as funções
estratégicas, os melhores salários, os cursos de formação sempre foram
desenhados privilegiando o contexto masculino. Por outro lado as mulheres
atuavam sempre em funções secundárias e subalternas, mesmo que elas tivessem
comprovadamente o maior grau de escolaridade, e competências para exercerem
cargos de maior responsabilidade. Para a nossa felicidade o mercado de
trabalho, assim como a sociedade de maneira geral vem percebendo a importância
da Mulher, e a importante contribuição que ela sempre nos deu e que poderá
agregar a tudo o que ela se dispõe a fazer. Infelizmente a visão de que o
mercado de trabalho é unissex, e que independente do sexo do(a) profissional, o
importante é a competência e o talento que cada um pode agregar, está
diretamente ligado ao fator cultural, pois por mais que as coisas tenham
evoluído para a inserção da mulher no mercado de trabalho, as desigualdades
ainda permanecerão, principalmente em culturas que considerem a mulher e a
relevem ao segundo plano, onde sua principal função é a procriação e o trabalho
familiar. Como no dia 20/03/2014 nossa próxima palestra do RH Debates abordará
o tema: O Talento Feminino e a Inclusão da Mulher nos Postos Chave das
Organizações, decidi abordar o assunto através do levantamento de dados
estatísticos sobre a Força de Trabalho Feminina no Brasil.
Ao
analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil nos últimos 30
anos, o que chama a atenção são o vigor e a persistência do seu crescimento.
Com um acréscimo de 32 milhões de trabalhadoras entre 1976 e 2007, as mulheres
desempenharam um papel muito mais relevante do que os homens no crescimento da
população economicamente ativa.
A
partir da década de 70 até os dias de hoje, a participação das mulheres no
mercado de trabalho tem apresentado uma espantosa progressão. Se em 1970 apenas
18% das mulheres brasileiras trabalhavam, chega-se a 2007 com mais da metade
delas ( 52,4%) em atividade.
O
nível de escolaridade formal da população brasileira tem se elevado
continuamente através dos anos. No final do século XX e início do XXI, 40 a 50%
dos homens e das mulheres tinham menos de 4 anos de estudo, enquanto cerca de
20 a 30% deles e delas apresentavam escolaridade de nível médio ou superior (
mais de 9 anos de estudo).
No
longo período de tempo compreendido entre 1970 e 2007, os padrões de
localização dos trabalhadores e das trabalhadoras no mercado de trabalho
apresentaram algumas alterações. No último ano, a indústria, aqui incluídas a
de transformação e de construção civil, e o agropecuário, seguidos do comércio,
nessa ordem, concentraram a ocupação masculina.
A
literatura tem sido farta em assinalar a maior vulnerabilidade do trabalho
feminino em relação ao masculino. Informações sobre a posição na ocupação
indicam que, no ultimo ano, tanto entre os homens como entre as mulheres, o
mais comum é ser empregado (respectivamente 62 e 51%).
A
jornada semanal de trabalho, a posse de carteira de trabalho assinada ou de
contrato formal e a contribuição para a previdência oficial são tradicionais
indicadores de regulação e proteção do trabalho e historicamente, têm mostrado
que o trabalho feminino tem sido menos protegido e regulado do que o masculino.
A
participação das mulheres no conjunto dos empregos formais sempre foi restrita,
permanecendo, entre 1985 e 1992, muito próxima de 1/3, apresentando-se
crescente a partir de então, atingindo 41% em 2007.
O
nível de ganhos dos brasileiros é reconhecidamente baixo e as mulheres
brasileiras - como as mulheres de todo o mundo - ganham ainda menos do que os
homens. A evolução da distribuição de renda de todos os brasileiros revela uma
tendência de diminuição paulatina do contingente de trabalhadores com menores
ganhos, entre 1976 e 1998. (Fonte Fundação Carlos Chagas).
Caros
Amigos, não há como negar a importância e a Força da Mulher, o importante é que
tenhamos a consciência de que um não vive sem o outro e o Mercado de Trabalho,
assim como a vida só será completa com a união de homens e mulheres.
Um
abraço e até a próxima!
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