terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CAROS AMIGOS,

Vivemos em um mundo, onde as transformações são constantes, a tal ponto em que podemos afirmar que são diárias, e já façam parte de nosso cotidiano. Em meio a tantas transformações, mudanças e inovações, passamos por um processo de adaptação ou readaptação ao meio de convívio, seja na sociedade, seja no ambiente familiar e no ambiente profissional.
E dentro destes ambientes o ambiente profissional é que ao longo de sua trajetória desde o início da revolução industrial, vem sofrendo e causando os maiores impactos, seja na economia dos países, na estrutura familiar e na forma em que as empresas fazem a gestão das pessoas. No início os empresários achavam que o ser humano era movido apenas a recompensas, e não estavam muito preocupados em melhorar as condições de trabalho, e as condições de capacitação e de treinamento.
Hoje o contexto atual nos mostra que o sucesso de gestão, é diretamente proporcional a aderência, ao grau de identificação, ao conhecimento do negócio e a felicidade em que os colaboradores tenham em fazer parte da organização. Hoje as empresas de sucesso, são aquelas que incentivam e criam dentro de seus ambientes organizacionais, não colaboradores, mas sim EMPREENDEDORES, pois a responsabilidade do negócio cabe a todos, independente da função, ou da posição em que a pessoa exerça dentro do organograma da empresa.
Certa vez o Presidente de uma grande Organização em meio à reunião de Diretoria, me fez a seguinte pergunta: senhor José Renato, em sua opinião qual é a pessoa mais importante em minha empresa? Prontamente lhe respondi: senhor Presidente todas as pessoas são importantes, mas neste momento, a pessoa mais importante é a senhora Maria, que nos serve o cafezinho. Então ele me perguntou por que, e eu respondi que se a senhora Maria nos servisse um cafezinho frio e com uma fisionomia fechada, eu como um possível cliente, não faria negócio com sua empresa, pois ficaria evidenciado que a senhora Maria estava infeliz. Como recentemente tivemos a semana do Empreendedorismo, no meu quarto artigo, estarei abordando o tema.

EMPREENDENDORISMO

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. (Schumpeter, 1949).

A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer “aquele que assume riscos e começa algo”.

Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor Marco Polo assinou um contrato com alguém que possuía capital para vender as mercadorias deste. Na Idade Média: o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção.
No século XVIII: o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo foi o caso das pesquisas referentes aos campos elétricos, de Thomas Edison, que só foram possíveis com o auxílio de investidores que financiaram os experimentos.
Nos séculos XIX e XX: todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto nem todo bom administrador é um empreendedor.
O trabalho do Administrador concentra-se no processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. Administrar não significa executar tarefas ou operações, mas sim fazer com que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto.

O administrador não é aquele que faz, mas sim o que faz fazer. A administração faz as coisas acontecerem através das pessoas, levando as organizações ao sucesso. Na realidade, a administração não é uma ciência exata, mas uma ciência social, pois ao lidar com negócios e organizações, ela o faz basicamente por meio de pessoas. A administração visa alcançar objetivos organizacionais de maneira eficiente (fazer as coisas bem e corretamente) e eficaz (decidir objetivos focado em resultados) para obter um alto grau de satisfação entre as pessoas que fazem o trabalho e o cliente que o recebe. Esse triplo sentido de desempenho, obtenção de resultados e satisfação de pessoas e clientes é o que define o trabalho do administrador.

O trabalho dos administradores é semelhante ao dos empreendedores, já que os dois compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas.
As demandas especificam o que tem de ser feito. As restrições são os fatores internos e externos da organização que limitam o que o responsável pelo trabalho administrativo pode fazer. As alternativas identificam as opções que o responsável tem na determinação do que e de como fazer.

O Empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa ou de um novo negócio a partir de uma idéia, que surge de uma inovação.Existem muitos pontos em comum entre um Administrador e um Empreendedor: um empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes ou executivos, pois são visionários.

“O gerente é voltado para a organização de recursos, enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos”. (Filion, 1997).

Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro.Atualmente é impossível imaginar um administrador que não seja necessariamente empreendedor e um empreendedor que não seja necessariamente um administrador.

Características dos empreendedores de sucesso:

São visionários: têm visão de como será o futuro para o seu negócio e para a sua vida. Têm a habilidade de implementar seus sonhos.
Sabem tomar decisões: não se sentem inseguros, sabem tomar decisões “corretas” na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, além de implementarem suas decisões rapidamente.
Fazem a diferença: transformam algo de difícil definição ou uma idéia abstrata em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade, sabendo agregar valor aos serviços e aos produtos que colocam no mercado.
Exploram o máximo de oportunidades: conseguem transformar em oportunidade algo que todos conseguem ver, mas que nunca identificaram a sua prática.
São determinados e dinâmicos: implementam suas ações com total comprometimento, fazem acontecer, mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam um certo inconformismo diante da rotina.
São dedicados: dedicam-se 24 horas por dia, sete dias por semana, ao seu negócio.
São otimistas e apaixonados: adoram o trabalho que realizam. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez do fracasso.
São independentes e constroem o próprio destino: estão sempre à frente das mudanças e querem ser donos do próprio destino.
Buscam resultados financeiros: acreditam que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios.
São líderes e formadores de equipes: têm senso de liderança incomum porque sabem se posicionar de forma que despertam respeito dos seus liderados.
São bem relacionados (networking): sabem construir uma rede de relacionamentos e de contatos.
São organizados: sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.
Sempre planejam: planejam cada passo de seu negócio antes de executarem qualquer ato e sempre fazem com base em uma forte visão do negócio e do futuro.
Buscam o conhecimento: buscam o conhecimento e o aprendizado contínuo.
Assumem riscos calculados: assume riscos calculados, gerenciam o risco e avaliam as chances reais de sucesso.
Criam valor para o cliente e para a sociedade: utilizam o seu capital intelectual para criar valor através criatividade e da inovação para ofertar soluções para melhorar a vida de pessoas e gerar lucros para empresas.

Conclusão, em uma época em que ser empreendedor é quase um imperativo, é muito importante lembrar que por de trás de novas idéias que vêm revolucionando a sociedade, existe muito mais do que visão de futuro e talento individual.
Análise, planejamento estratégico e operacional e capacidade de implementação são elementos essenciais no sucesso de empreendimentos inovadores.
As duas facetas do empreendedorismo:
- Características e motivações pessoais
- Questões práticas e gerenciais

Empreender tem uma natureza prática incontestável, como:
Globalização: um novo mundo que exige um profissional atuante e esclarecido a nível global e não só local.
Novos paradigmas: iniciativa como vantagem competitiva, ação pró-ativa, criar oportunidades.
Mercado de trabalho: criar e apresentar soluções e não apenas cumprir ordens, aumentar a produtividade, reduzir custos para manter-se no mercado e/ou criar novos negócios através de uma empregabilidade ou através de um negócio próprio.


“O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem visão futura da organização”. (Dornelas, 2001)


Características básicas do profissional empreendedor:
- Determinação
- Disciplina
- Direcionamento estratégico
- Desenvolvimento contínuo
Em minha experiência como empreendedor, desenvolvi e desenvolvo o seguinte conceito:
- Aprendizagem (capacitação, treinamento e informação)
- Motivação (vontade, determinação e perseverança)
- Ousadia (audácia, criatividade e persuasão)
- Resiliência (resistência, adaptabilidade e flexibilidade).