sexta-feira, 27 de setembro de 2013

RELAÇÕES TRABALHISTAS

Historicamente sempre existiu o conflito entre o Capital e o Trabalho, de um lado as organizações na busca contínua da maximização de seus resultados. De outro a classe trabalhadora, constantemente oprimida numa relação desigual na busca por melhores condições de trabalho e por melhores salários. Diante deste cenário, temos o Governo que impõe uma alta carga tributária, penalizando os trabalhadores, pois seu real poder de compra está cada dia mais estagnado, e ao mesmo tempo impondo aos empresários a falta de controle da economia com as elevadas taxas de juros, impedindo o país de crescer. Este tipo de política espelha diretamente a ideologia, a cultura e os valores assumidos por este governo que aí está, caracterizado pela falta de planejamento , e pela falta de uma política que contemple o crescimento sustentado e duradouro, e que não dependa cada vez mais da entrada de capital estrangeiro para contrabalancear a economia. Esta insegurança, inabilidade ou incompetência nas negociações, aliada aos constantes escândalos e a falta de credibilidade em nossos poderes, principalmente o Judiciário, que demonstrou recentemente os votos de cabresto, fazem com que nosso país seja a cada dia mais achincalhado mundo a fora. Aí me veio a pergunta: em quem podemos confiar?

Vivemos dentro de uma Política Autocrática, caracterizada pela postura rígida e impositiva, que age de modo arbitrário e legalista, fazendo concessões dentro da lei ou de acordo com seus próprios interesses. Tal política é insustentável por um período longo de tempo pelo seu caráter unilateral e impositivo, gerando frustração e atitudes de revolta pessoal. No meio de tanta insatisfação, surgem as greves, que se caracterizam pela suspensão temporária, coletiva e pacífica do trabalho como forma de conquistar certa reivindicação trabalhista. É um direito de toda pessoa de se abster de trabalhar, como meio de pressionar o empregador, para a obtenção de uma reivindicação de interesse geral. A greve pode emergir a partir de fatores objetivos, subjetivos e políticos:

Objetivo – Melhores condições de trabalho, salários, benefícios, condições de ascensão, progresso, segurança e estabilidade, relacionamento com as chefias.
Subjetivo - Por se sentir prejudicada por alguma decisão ou ação da empresa.
Político – Em busca de maior espaço de participação, em busca do exercício do poder, dentro ou fora da organização.

Precisamos de uma política participativa que se caracteriza por considerar que as relações trabalhistas envolvem os Trabalhadores, Empresários e Governo. Onde esta política considere o empregado sob o ponto de vista social, político e econômico e não apenas como um mero fator de produção. Pois desta forma evitaremos os Conflitos Trabalhistas.

O conflito e cooperação são parte integrante da vida das organizações.  O conflito não é nem casual nem acidental, mas é inerente à vida organizacional ou, em outros termos, é inerente ao uso do poder. Um dos propósitos da administração deveria ser o de criar condições ou situações em que o conflito pudesse ser controlado dirigido para canais úteis e produtivos.  Ausência de conflitos significa acomodação, apatia e estagnação. O conflito passa a existir quando o alcance dos objetivos ou interesses de uma parte sofre interferência deliberada de alguma outra parte.

Pensem nisso e até a próxima!