sexta-feira, 29 de julho de 2011

CAROS AMIGOS,

Os Japoneses têm uma palavra chamada “dantotsu” que significa lutar para tornar-se o "melhor do melhor", com base num processo de alto aprimoramento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos concorrentes. Com a Era da Informação, no inicio da década de 1990, surge o tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e com a chamada tecnologia da informação. A criação da Internet e a adoção da Intranet se propagam de forma intensa, sendo a globalização da economia uma das conseqüências do desenvolvimento tecnológico da informação. Neste novo cenário extremamente competitivo torna-se necessário o melhoramento dos processos produtivos para baixar os custos, ter produtos e serviços de qualidade para que a empresa aumente seu market share, ou seja, sua participação de mercado. O conceito de aprimoramento contínuo enraizou-se numa nova abordagem de planejamento estratégico. Durante a última década, ele tem produzido resultados impressionantes em companhias como a Xerox, a Ford e a IBM e este conceito ficou conhecido como BENCHMARKING. Neste meu artigo farei uma abordagem do tema.

BENCHMARKING

Atualmente, um dos enfoques positivos do gerenciamento moderno é: gerenciar processos e analisar as medidas de desempenho das empresas. Antigamente, as empresas preocupavam-se apenas em atingir suas metas financeiras. O modo como se atingia estas metas não era questionado. No mundo atual, compreende-se que o enfoque do resultado financeiro em curto prazo não resolve os problemas da empresa e tem-se considerado o gerenciamento de “todo o sistema”, e de “todos os processos” importantes para funcionamento eficiente da empresa.



Isso envolve o que atualmente chamamos “medições” ou “benchmark” a curto e em longo prazo. O “benchmark” é o registro das medidas operacionais das empresas. Ele ajuda as organizações a identificar e compreender as práticas operacionais. “Benchmark” são estatísticas (medidas) operacionais que definem o nível do desempenho de um sistema. Assim, por exemplo, um benchmark aponta em que medida a empresa perdeu vendas, cancelou vendas, deixou de receber pedidos de compra, etc.



No entanto o “benchmark” oferece apenas a medida, não aponta as causas das diferenças de desempenho da empresa; é apenas uma das metas do processo de desempenho da empresa. As práticas bem sucedidas de um projeto de melhoria unem “medidas e processos”. O benchmarking é um processo composto de várias ações, sempre analisadas, planejadas, avaliadas e replanejadas. O conhecimento dos benchmarks, isto é, das medidas de desempenho de uma empresa levam à aplicação do “benchmarking, busca de melhoramento contínuo”, através do Planejamento Estratégico.



Contudo, o benchmarking não tem sido tradicionalmente considerado parte integrante da definição de estratégias e nem do planejamento estratégico. É comum empresas estabelecerem planos para si sem considerar pontos de referência de outras empresas, suas estratégias e suas medidas de desempenho.



Um crescente número de empresas vem usando o benchmarking como um passo crítico no processo do planejamento estratégico: revisam produtos, preços, práticas, estratégias, estruturas, serviços concorrentes de outras empresas e avaliam a adequação de suas próprias metas, seus planos e suas estratégias.



Com a evolução do conceito de utilizar as melhores práticas do mercado, começou a preocupação com a ética empresarial na utilização das técnicas de qualidade total. Em relação ao Benchmarking sua utilização está baseada no sigilo, pois muitas informações são confidenciais. Sempre que possível deve-se contratar os serviços de um consultor independente que manterá o anonimato dos participantes ou reportará as informações somente aqueles que precisem saber, sob a orientação do gerente apropriado ou alguém designado pela gerência. (ibidem).



Dentro do Benchmarking a Lei Antitruste, não deve ser esquecida, pois ao obter informações tem que se levar em consideração às barreiras legais. Em determinados casos, a troca de informações em relação aos preços ou de participação de mercado com os concorrentes pode resultar em uma violação a Lei Sherman Antitruste. A lei existe justamente para tenta evitar a fixação de preços entre os principais concorrentes do mercado e restrições do comércio.