quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Mulher no Mercado de Trabalho


Com o advento da Revolução Industrial que de forma direta influenciou a necessidade da normatização do Mercado de Trabalho, muitas mudanças aconteceram até que chegássemos ao modelo dos dias atuais. O mercado de trabalho, assim como a economia sempre foi considerado um mercado voltado homem, ou seja, as funções estratégicas, os melhores salários, os cursos de formação sempre foram desenhados privilegiando o contexto masculino. Por outro lado as mulheres atuavam sempre em funções secundárias e subalternas, mesmo que elas tivessem comprovadamente o maior grau de escolaridade, e competências para exercerem cargos de maior responsabilidade. Para a nossa felicidade o mercado de trabalho, assim como a sociedade de maneira geral vem percebendo a importância da Mulher, e a importante contribuição que ela sempre nos deu e que poderá agregar a tudo o que ela se dispõe a fazer. Infelizmente a visão de que o mercado de trabalho é unissex, e que independente do sexo do(a) profissional, o importante é a competência e o talento que cada um pode agregar, está diretamente ligado ao fator cultural, pois por mais que as coisas tenham evoluído para a inserção da mulher no mercado de trabalho, as desigualdades ainda permanecerão, principalmente em culturas que considerem a mulher e a relevem ao segundo plano, onde sua principal função é a procriação e o trabalho familiar. Como no dia 20/03/2014 nossa próxima palestra do RH Debates abordará o tema: O Talento Feminino e a Inclusão da Mulher nos Postos Chave das Organizações, decidi abordar o assunto através do levantamento de dados estatísticos sobre a Força de Trabalho Feminina no Brasil.

Ao analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil nos últimos 30 anos, o que chama a atenção são o vigor e a persistência do seu crescimento. Com um acréscimo de 32 milhões de trabalhadoras entre 1976 e 2007, as mulheres desempenharam um papel muito mais relevante do que os homens no crescimento da população economicamente ativa.
A partir da década de 70 até os dias de hoje, a participação das mulheres no mercado de trabalho tem apresentado uma espantosa progressão. Se em 1970 apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam, chega-se a 2007 com mais da metade delas ( 52,4%) em atividade.

O nível de escolaridade formal da população brasileira tem se elevado continuamente através dos anos. No final do século XX e início do XXI, 40 a 50% dos homens e das mulheres tinham menos de 4 anos de estudo, enquanto cerca de 20 a 30% deles e delas apresentavam escolaridade de nível médio ou superior ( mais de 9 anos de estudo).

No longo período de tempo compreendido entre 1970 e 2007, os padrões de localização dos trabalhadores e das trabalhadoras no mercado de trabalho apresentaram algumas alterações. No último ano, a indústria, aqui incluídas a de transformação e de construção civil, e o agropecuário, seguidos do comércio, nessa ordem, concentraram a ocupação masculina.

A literatura tem sido farta em assinalar a maior vulnerabilidade do trabalho feminino em relação ao masculino. Informações sobre a posição na ocupação indicam que, no ultimo ano, tanto entre os homens como entre as mulheres, o mais comum é ser empregado (respectivamente 62 e 51%).

A jornada semanal de trabalho, a posse de carteira de trabalho assinada ou de contrato formal e a contribuição para a previdência oficial são tradicionais indicadores de regulação e proteção do trabalho e historicamente, têm mostrado que o trabalho feminino tem sido menos protegido e regulado do que o masculino.

A participação das mulheres no conjunto dos empregos formais sempre foi restrita, permanecendo, entre 1985 e 1992, muito próxima de 1/3, apresentando-se crescente a partir de então, atingindo 41% em 2007.

O nível de ganhos dos brasileiros é reconhecidamente baixo e as mulheres brasileiras - como as mulheres de todo o mundo - ganham ainda menos do que os homens. A evolução da distribuição de renda de todos os brasileiros revela uma tendência de diminuição paulatina do contingente de trabalhadores com menores ganhos, entre 1976 e 1998. (Fonte Fundação Carlos Chagas).

Caros Amigos, não há como negar a importância e a Força da Mulher, o importante é que tenhamos a consciência de que um não vive sem o outro e o Mercado de Trabalho, assim como a vida só será completa com a união de homens e mulheres.

Um abraço e até a próxima!