terça-feira, 10 de maio de 2011

CAROS AMIGOS,

O Brasil vive um momento ímpar em projeções de crescimento, considerado um país com uma economia estável, detentor das maiores reservas minerais do mundo, um dos maiores exportadores de commodities, e com a projeção de se tornar a quinta economia do planeta. Como conseqüência, conquistamos a direito de sediar a copa das confederações, a copa do mundo e as olimpíadas entre outros grandes eventos. Em contra partida no meio de tantas oportunidades, vivemos um sério dilema: será que estamos preparados? Temos uma cultura de deixar tudo para a última hora, e pagamos um alto preço com isso, principalmente pela falta de infra-estrutura e de planejamento capaz de atender a grandes obras. No meio de tudo isto, ainda nos deparamos com outro grave problema, que é o APAGÃO DA MÃO DE OBRA, pois não temos profissionais suficientes para atender a grande demanda, principalmente em profissões como engenheiros, arquitetos, profissionais de TI e etc... Com tantas oportunidades em algumas áreas especificas e a falta de mão de obra qualificada, vivemos a ERA DO DESEMPREGO, trata-se de um fenômeno mundial.

Da mesma forma que a industrialização suplantou a agricultura, os serviços suplantaram a industrialização. Estamos assistindo e vivendo o fim da era do emprego fixo. Procurar um novo emprego, atualmente, é uma tarefa muito árdua. As empresas se tornaram reticentes quanto às novas admissões de pessoal, principalmente nos níveis administrativos. Abrir uma empresa pode se transformar em uma odisséia. Os impostos são elevados, a necessidade de capital é intensa e o governo é um "sócio majoritário" que não corre riscos. Abrir uma franquia pode não dar certo, principalmente pela imposição do "modus operandi" do franqueador. Um diploma, por si só, não habilita ninguém. Existem muitos advogados trabalhando em vendas, muitos arquitetos que viraram decoradores, etc.. Isso não levando em consideração os desabonados de certa sorte que vendem sanduíches ou cerveja na praia. Mais do que um diploma, o mercado de trabalho exige um atestado de competência. Atualmente, um emprego não se acha em jornais. A formação superior é atualmente o requisito mínimo para não ser taxado como "analfabeto". Ler muito e sempre livros técnicos e jornais de qualidade é o requisito mínimo para qualquer profissional. Temos que achar uma razão em nosso trabalho. O trabalho tem que motivar e dar prazer, além de remunerar dentro do valor da própria função. Por isso neste meu novo artigo, estarei abordando o tema CONSULTORIA.

CONSULTORIA

O crescimento da atividade de consultoria, até por conta do momento econômico e da era do "não-emprego" em que vivemos, criou uma verdadeira "moda". Hoje temos "consultores imobiliários" (ex-corretores de imóveis), "consultores financeiros" (ex-corretores de valores), "consultores de estética" (ex-vendedores de cosméticos), "consultores de moda" (ex-vendedores de roupa), etc.



Essa onda tem provocado um certo descrédito no mercado, e quando alguém se apresenta como consultor corre o risco de ouvir: "Ah, já sei! Você está desempregado...". A falta de preparo dos profissionais de consultoria gerou conseqüências para o consultor: vulgarização da imagem, visão preconceituosa, percepção inicial ruim, qualidade duvidosa, falta de referência dos honorários. Mandar imprimir um cartão de visita com o título de "consultor" não adianta. Tem que ter especialização.


Para se firmar como consultor o profissional tem passar uma imagem de dedicação séria a profissão e não uma imagem de transitoriedade. A imagem do consultor tem que estar diretamente ligada a: credibilidade e competência; presença em eventos relacionados à sua área (palestras, congressos, cursos, seminários, etc.); evidência pertinente (publicar artigos em jornais e revistas); culto, atualizado e especializado no assunto que se dedica; imagem focada em uma determinada área (para não ser taxado como um profissional que faz qualquer negócio); posicionamento definido (o mercado não pode ter dúvidas de sua área de atuação).


Além do currículo consistente deve ter uma oferta de soluções e benefícios de seu trabalho (redução de custos, maior competitividade, melhores resultados econômico-financeiros, equipes de trabalho mais preparadas e autônomas, etc.); profissional que não oferece produtos e/ou serviços, mas sim soluções, resultados positivos, responsabilidade de trabalho conjunto e garantia de trabalho ético. O consultor deve se entender como um "produto" com características distintas e benefícios que atendam as necessidades e expectativas do mercado.


A definição da identidade e do escopo do consultor deverá contemplar as seguintes perguntas: qual o negócio em que atua? Quem são os clientes e/ou potencial clientes? Quais são os valores pessoais e profissionais? Quais as vantagens competitivas? Quais são os serviços ofertados?


Existem modelos de marketing próprios para consultorias: mala direta direcionada a mailing-list segmentado; telemarketing (para confirmar o recebimento da mala direta); anúncios em veículos de comunicação especializados; redes de relacionamento (networking) - antigos empregadores, clientes atuais e recentes, família, amigos, vizinhos, outros consultores etc. - para criar uma fonte de referências; apresentações em seminários, congressos e cursos dentro do escopo de sua área de atuação e de especialização (distribuindo sempre material promocional que divulgue essa atividade como, por exemplo, um catálogo com todos os dados da consultoria, o conteúdo do evento e possibilidade do mesmo ocorrer para grupos fechados -"in company"); artigos com fatos novos e relevantes em jornais e revistas segmentados e especializados; newsletters periódicos; parcerias com entidades profissionais (CRA, CORE, etc.); escrever livros; vídeos (treinamento, assuntos focados etc.). Conclusão, não basta se apresentar como consultor, tem que se preparar e se capacitar. Pois só desta forma, o mercado lhe enxergará como um consultor capaz de fazer a diferença