terça-feira, 10 de agosto de 2010

COMUNICAÇÃO (parte II)

As organizações empresariais são sistemas abertos que interagem num sistema social complexo. A comunicação é a forma utilizada para que essa interação aconteça, pois cada etapa constitui um subsistema ou parte integrante do conjunto. Tudo isso acontece de forma contingencial pelo fato de que cada pessoa é um micro sistema diferenciado dos demais. Assim, as comunicações dentro das empresas não são perfeitas, pois são transformadas ou alteradas ao longo do processo, onde o ultimo elo – o receptor da mensagem – quase sempre receba algo diferente do que foi originalmente enviado.


Dificilmente, a comunicação ocorre sem problemas. Quase sempre existem barreiras à comunicação. Barreiras são restrições ou limitações que ocorrem dentro ou entre as etapas do processo de comunicação, fazendo com que nem toda a informação emitida pela fonte percorra livremente a caminho para seu destino. Esta informação pode sofrer distorções, interferências, ampliações ou desvios.


A eficácia da comunicação pode ser melhorada pela repetição e pela retroação da informação (feedback). As duas habilidades gerenciais mais importantes para melhorar a eficácia da comunicação são: saber ouvir, isto é, captar a mensagem para decodificá-la e interpretá-la adequadamente e, saber transmitir, isto é, falar ou sinalizar a informação para que ela seja corretamente interpretada por quem a receba.


Uma das mais importantes estratégias para a Gestão de Pessoas reside na intensa comunicação e retroação com seus funcionários, proporcionando visibilidade adequada para os gerentes de linha em parcerias com seus funcionários, rumo às metas e o alcance dos objetivos mutáveis e complexos da organização.


Os avanços tecnológicos permitem que os sistemas de informação de RH sejam sofisticados e abertos a todos os clientes internos. Os gerentes de linha devem enfatizar a comunicação com os demais membros da organização, e incentivar aos funcionários a trabalharem interligados e de forma integrada, pois isso é de vital importância para a sobrevivência da organização.
"O conhecimento é em si mesmo um poder." [Francis Bacon]...


Por vezes ouvimos pessoas utilizar os termos dado, informação e conhecimento de maneira equivocada, e como esclarecemos anteriormente, principalmente na administração, estas são palavras com significados distintos.
No Brasil, assim como em todo o mundo, a atividade realizada pela área de Recursos Humanos vem se transformando a cada dia, e hoje, seu principal desafio é acompanhar a evolução na forma como se administram as empresas em uma economia globalizada num mundo ligado pela tecnologia da comunicação.

Interessante notar que boa parte dos profissionais de Recursos Humanos reclamam de problemas, que despercebidamente tem sua causa em uma variável que hoje é determinante para sobrevivência das empresas a informação.
A informação, dependendo do enfoque que se queira atribuir-lhe, possui diferentes dimensões explicativas e conceituais passando a ser um fato que pode trazer alterações para a própria consciência do homem em sociedade. Considerada como etapa primordial para a ação, ela por si só não produz conhecimento, não é sinônimo dele, mas é imprescindível para que ele se realize, assim sendo ela assume o papel de agente mediador na produção do conhecimento. (Barreto, 1997:3 apud Moraes 1998).


Muitas empresas hoje têm perdido competitividade no mercado por simplesmente não saberem utilizar uma de suas ferramentas mais valiosas. “O conhecimento”, conhecimento este utilizado nas mais diversas áreas de uma empresa como: departamento de Marketing, financeiro, logístico e até em Recursos Humanos. Podemos considerar como sendo conhecimento o resultado alcançado pela capacidade de transformar dados em informação, e utilizar estas informações de maneira estratégica na sua tomada de decisões.


Raras não são às vezes que ouvimos relatos de empresas que perderam bons profissionais para seus concorrentes por ignorarem seu potencial ou por que não conheciam suas habilidades. E por vezes essas informações estavam à disposição o tempo todo. Ter um bom banco de dados de nada adianta se não sabemos transformar estas informações em conhecimento e mais que isso transformar este conhecimento numa vantagem competitiva sustentável.


Num mundo globalizado onde os nossos clientes e parceiros são globais, devemos entender que a nossa concorrência também é global, e qualquer coisa que nos coloque à frente deve ser considerada, quanto mais algo tão valioso pelo qual se pagam somas altíssimas de dinheiro, como é a caso da informação.


...”porém” O poder oriundo da informação está em saber usá-la não em possuí-la ” (Tadeu Cruz )